Terra Estrangeira
Não faz muito tempo a presença de jogadoras brasileiras no exterior tornou-se uma constante. O que era já comum no vôlei masculino tornou-se usual também no feminino.
Na verdade, o vôlei segue o mesmo percurso do futebol e de tantos outros esportes. O mercado estrangeiro já faz parte do cenário esportivo brasileiro. É lá fora que nossos atletas se destacam e ganham maturidade.
Na verdade, o vôlei segue o mesmo percurso do futebol e de tantos outros esportes. O mercado estrangeiro já faz parte do cenário esportivo brasileiro. É lá fora que nossos atletas se destacam e ganham maturidade.
Se repararmos bem, muitas jogadoras brasileiras chegaram ao auge ou se destacaram quando jogaram no exterior. A Sheilla praticamente surgiu na Itália. Não sei se continuasse em um clube brasileiro ela teria ascensão tão rápida. A própria Fofão teve nesses últimos anos – jogando fora daqui – a melhor fase de sua carreira.
Todas elas tiveram em comum o destino: a Itália. E lá não é só financeiramente mais atraente. Também é mais tecnicamente desafiador.
Acontece que novos mercados estão surgindo e, como sempre, usando o dinheiro como principal – às vezes único – atrativo. Turquia, França, Rússia e Espanha têm sido as principais opções. O grande porém é que o nível de competição e exigência é muito abaixo daquele encontrado na Itália. São mercados em formação e que se assemelham em um aspecto ao brasileiro: existem duas, no máximo três, equipes que despontam e têm recurso para bancar um elenco forte.
Não acredito que a jogadora que opta por um desses destinos tenha o desejo de ajudar ou ser a precursora do desenvolvimento do esporte nesses países. É a grana que fala mais alto. E não há problema em fazer tal escolha motivada pelo dinheiro. Mas até que ponto essa escolha pode interferir na sua carreira? Será que há um momento ideal para isso?
*************************
Todas elas tiveram em comum o destino: a Itália. E lá não é só financeiramente mais atraente. Também é mais tecnicamente desafiador.
Acontece que novos mercados estão surgindo e, como sempre, usando o dinheiro como principal – às vezes único – atrativo. Turquia, França, Rússia e Espanha têm sido as principais opções. O grande porém é que o nível de competição e exigência é muito abaixo daquele encontrado na Itália. São mercados em formação e que se assemelham em um aspecto ao brasileiro: existem duas, no máximo três, equipes que despontam e têm recurso para bancar um elenco forte.
*************************
Não acredito que a jogadora que opta por um desses destinos tenha o desejo de ajudar ou ser a precursora do desenvolvimento do esporte nesses países. É a grana que fala mais alto. E não há problema em fazer tal escolha motivada pelo dinheiro. Mas até que ponto essa escolha pode interferir na sua carreira? Será que há um momento ideal para isso?
Não acho que seja coincidência a queda de rendimento da ítalo-cubana Tay Aguero, neste ano, com o fato de ter jogado a última temporada na Turquia. Antes mesmo de ter acontecido todo aquele enredo nas Olimpíadas, no Grand Prix ela não esteve bem. E recém tinha feito um ótimo ano em 2007.
Já a Walewska foi pra Rússia - nesta temporada 08/09 - num momento em que não tem mais pretensões de disputar um espaço na seleção. O que ela realmente pretende é fazer seu pé de meia.
É nessa hora que penso se a Mari e a Sheilla fizeram a melhor opção em voltar ao Brasil. Sei que cada uma tem seus motivos pessoais e não discuto isso. Mas pensando especificamente nas suas carreiras, acho que foi muito cedo o retorno.
Parece estranho que ao mesmo tempo em que eu queira um campeonato brasileiro forte e disputado, acredite que a “repatriação” não foi uma boa idéia para as jogadoras. Tenho que ser realista e ver que os parâmetros de qualidade aqui são mais baixos.
Já a Walewska foi pra Rússia - nesta temporada 08/09 - num momento em que não tem mais pretensões de disputar um espaço na seleção. O que ela realmente pretende é fazer seu pé de meia.
*************************
É nessa hora que penso se a Mari e a Sheilla fizeram a melhor opção em voltar ao Brasil. Sei que cada uma tem seus motivos pessoais e não discuto isso. Mas pensando especificamente nas suas carreiras, acho que foi muito cedo o retorno.
Parece estranho que ao mesmo tempo em que eu queira um campeonato brasileiro forte e disputado, acredite que a “repatriação” não foi uma boa idéia para as jogadoras. Tenho que ser realista e ver que os parâmetros de qualidade aqui são mais baixos.
Imagino que no momento em que já se teve a experiência de jogar no exterior, num nível que lhe exige muito mais, atuar aqui deve ser uma diferença significativa. Exige um tempo para a atleta se dar conta que não terá um cenário que naturalmente puxe por ela. A cobrança por melhor rendimento terá que ser dela e de seu treinador.
Comentários
hahaha
Tb não disse que a Itália é um exemplo de formação de atletas, até pq aqui no Brasil somos melhores nesse quesito e no de preparação física.
Sei muito bem onde a Mari surgiu e, até agora, ela só trabalhou com técnicos brasileiros. Mérito total deles na formação da Mari. Assim como as meninas q vc citou q nunca sairam daqui e são ótimas jogadoras.
E não afirmei q todos q vão para lá se dão bem.
O que eu disse é que o ambiente na Itália é mais competitivo. Lá vc é naturalmente mais exigido - esteja jogando na pior ou na melhor equipe, esteja trabalhando com qualquer comissão técnica.
Aqui se vc joga com o Bernardinho, pouco interessa quais são teus adversários. Ele certamente te exigirá ao limite. Mas se não é o caso, não vai ser o cenário do campeonato brasileiro que te exigirá.
O que questiono é a mudança. Qual o melhor momento de sair de um campeonato de alto nível onde vc está indo muito bem para outro abaixo (seja Brasil, Rússia, etc.)? A Wal foi no momento certo, já as meninas do SC penso que não.